O SDD ou ShotSpotter é uma tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos. O sistema foi um dos principais responsáveis pela redução dos índices de criminalidade em diversas cidades, como Nova York, por exemplo.
O sistema se trata de um conjunto de sensores de áudio instalado em áreas urbanas de maneira camuflada. Assim, é possível captar o som de disparos de arma de fogo. A polícia local recebe um alerta quando algum sinal é captado e pode agir com mais rapidez.
Além disso, eles são capazes de identificar o calibre das armas e os pontos de disparos com uma margem de erro de dez metros.
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul chegaram a implantar o SDD. No entanto, abandonaram o sistema, apesar dos bons resultados que ele trouxe. Na cidade de Canoas (RS), por exemplo, os homicídios caíram 41% após a instalação dele.
Na época, os governantes de ambos os estados apresentaram como justificativa da desativação o aumento do dólar e dificuldade financeira.
O ShotSpotter é um exemplo de forte aliado, porém, ainda é um investimento caro. Foto: Marília Castelli (Unsplash)
Por que ainda há pouca adesão à tecnologia na segurança pública brasileira?
Mesmo com todos os benefícios, ainda há uma certa resistência ao uso de sistemas tecnológicos mais modernos dentro da segurança pública no país. Alguns dos motivos para isso são:
- A necessidade de um banco de dados bem alimentado para que sistemas funcionem plenamente. No entanto, o Brasil ainda é um país com baixo investimento em armazenamento de dados;
- O setor público leva mais tempo e enfrenta mais burocracia no processo de compra de novas tecnologias;
- Os sistemas recém adquiridos exigem treinamento das equipes, o que despende recurso financeiro.