Em parceria com as Polícias Civis de MG e do RN, ação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão domiciliar e duas ordens de internação provisória
O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, concluiu, a Operação Garmr, que mirou casos de violência virtual e tortura de animais praticados por adolescentes. A ação foi feita em parceria com as Polícias Civis de Minas Gerais (MG) e do Rio Grande do Norte (RN).
As investigações revelaram que jovens promoviam transmissões ao vivo com cenas de automutilação, maus-tratos a animais e discursos de ódio. O conteúdo era utilizado como forma de radicalização e expressão de violência extrema no ambiente virtual.
A operação teve como alvos três cidades: Belo Horizonte e Ponte Nova, em Minas Gerais, e Açu, no Rio Grande do Norte. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar e duas ordens de internação provisória, conforme previsto no Artigo nº 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
De acordo com o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do MJSP, Rodney da Silva, a operação representa uma resposta firme e necessária diante da banalização da crueldade e da propagação de discursos de ódio entre adolescentes no ambiente digital.
“A violência e os atos de extrema gravidade identificados não podem ser normalizados. A atuação coordenada entre o Ciberlab e as Polícias Civis dos estados foi fundamental para rastrear, localizar e interromper práticas que representam sérios riscos à segurança e à saúde mental de toda a sociedade”, disse.